18 março, 2013

As "primeiras vezes"

     
     Houve um tempo que eu prometi que pararia de escrever textos sobre esse tal de amor, repeti isso tantas vezes dentro de minha cabeça que finalmente parei, bom ... Pensei que parei. Tudo mudou na escola - bendita escola! - parece que lá é o lugar onde tudo tem que acontecer, sem se importar se é bom ou ruim, as coisas simplesmente acontecem e ponto. Voltando ao assunto, foi lá que aconteceu.
     Sabe aquelas cenas de filmes em que aquele garoto passa diante de seus olhos e por apenas um segundo você tem aquela esperança de que finalmente as coisas podem dar certo, que não importa se há problemas, obstáculos, dificuldades, nada, parece que naquele momentos em que o vê as coisas entram nos eixos? Então, foi bem assim. E quando você também me olhou, inúmeras vezes e em curtos e longos espaços de tempo, essa esperança aumentou ainda mais e... Bom, acho que já deu pra entender o que aconteceu. Eu realmente pensei que ia dar certo dessa vez, que eu poderia pela primeira vez sentir algo de verdade, claro que eu estava errada. Eu cheguei a sorrir de verdade depois de tanto tempo, comi sentindo o gosto de verdade da comida, abracei as pessoas ao meu redor por vontade e não por educação, contei piadas idiotas, dancei com as amigas sem ensaiar, apenas por brincadeira, dei um grito na rua e nem liguei pra nada. Eu estava feliz! 
     Eu nunca entendi o porque as coisas tinham que dar errado pra mim, algumas pessoas não se esforçam para nada e mesmo assim tudo da certo, os desejos, os sonhos, as vontades, mas em minha vida as coisas eram bem diferentes. Essa coisa de se apaixonar nunca foi a minha cara, nunca quis, nunca gostei, mas infelizmente aconteceu uma vez, essa vez. Eu lutei, lutei com tanta garra e determinação que me assustei comigo mesma, eu lutei contra porque mesmo nunca tendo passado por essa situação eu tinha amigas o suficiente com dramas parecidos, e quem "pagava" de psicóloga/conselheira era sempre eu. Eu não queria passar por isso, não queria sofrer como elas sofriam, não queria chorar como elas choravam, não queria precisar de um ombro amigo assim como elas precisavam do meu. Nunca me importei de ajudar alguém, mas nunca gostei de aceitar ajuda. Quando finalmente aconteceu, como chama? Paixão,amor! Resumindo, deu tudo errado, eu sofri, eu chorei, eu precisei de um ombro amigo, ou seja, passei por tudo que eu mais temia. Pela primeira vez em minha vida não consegui simplesmente sorrir enquanto estava despedaçada por dentro.
     Um tempo passou e confiei em minha avó, "O tempo cura as feridas". Claro que eu precisei correr atras da minha melhora porque aprendi que se queremos bons resultados temos que correr atrás. Aquela história de tudo dar errado pra mim era culpa minha, tudo que vem fácil, vai fácil também e minhas conquistas eu desejo que sejam eternas. Me ocupei com outras coisas, fiz coisas que amo como cantar, dançar, personalizar, atuar, brincar, sorrir e não é que deu certo?! Quando você passou por mim algo se remexeu aqui dentro - e isso ainda acontece - acredito que será assim pra sempre, mas aprendi que algumas coisas são eternas, querendo ou não.
     Me apaixonei pela primeira vez, chorei na frente de alguém pela primeira vez, sofri por amor pela primeira vez, aprendi muitas coisas pela primeira vez, aceitei minha vida, mas a mudei pela primeira vez. Acho que toda primeira vez é assim, assusta, machuca, mas a solução é fácil como respirar. Aprenda a pegar algo de bom de qualquer situação, faça como Pollyana e jogue o "Jogo do Contente", a maioria de nossos problemas são nós mesmo que os criamos, se você cria, você provavelmente sabe a solução, basta se esforçar.

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