Entre em meu quarto enquanto todos estiverem dormindo e se deite ao meu lado fazendo o mínimo de barulho possível para ninguém nos descobrir. Se cubra devagar para que eu não acorde antes da hora; mexa em meu cabelo suavemente para que eu me sinta reconfortada, tire os fios de cabelo do meu rosto e passe os dedos suavemente pela minha bochecha. Passe a mão devagar pela minha nuca para que agora sim, eu possa sentir sua presença.
Nesse momento eu irei acordar me sentindo a pessoa mais feliz do mundo por te ter por perto, por sentir seu toque, por poder sentir teu corpo tão perto do meu e por acompanhar sua respiração. Eu vou me virar para conseguir te encarar e claro que vou ofegar (como sempre) ao ver seu sorriso, aquele que me faz perder o folego, aquele que esquenta o meu coração, aquele que faz com que eu pense que só existe nós dois no mundo inteiro, que o resto é apenas ar, apenas o infinito.
Você vai me beijar suavemente, apenas roçando seus lábios nos meus e quando nos encararmos o brilho de meus olhos refletirá nos seus, ou será que será o contrário? Não sabemos, não estamos preocupado com isso porque a sensação é de ambas as partes.
Você vai me beijar de novo com mais intensidade e depois, ao contrário do que nossos pais pensariam ao nos ver assim, sozinhos, deitados em uma cama de um quarto escuro, vamos apenas conversar sobre qualquer coisa boba e sem importância só para curtimos o momento juntos. Vamos falar sobre o filme que passou na TV ontem, sobre a garota que tropeçou no intervalo, sobre o trabalho de Geografia. Entre uma conversa e outra, um beijo, um abraço apertado, um cafuné, um momento sem palavras só para ouvirmos como nossas respirações combinam, ou uma risada abafada por um travesseiro para que ninguém nos descubra.
Cedo demais pra mim, você diz que tem que ir embora, eu até penso em pedir para você ficar mais um pouco, mas dessa vez você já ficou mais do que deveria. Relutante eu vou te deixar ir, mas só depois que prometer que volta o mais rápido possível.
Thaiani Teles
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