20 novembro, 2012

Alô, decepção?

      A decepção vem quando você menos espera, e por mais que tente e bravamente lute, ela se instala no lugar mais frágil, revelando o seu real motivo para estar ali: a dor.
      É difícil aceitar, pois ela vem sempre daqueles lugares que você menos espera, aquele amigo de infância que foi seu ouvinte durante anos e anos de todos os seus segredos ; aquele familiar que esteve ao seu lado quando todos os outros simplesmente se recusaram a estar com você mesmo que realmente precisasse deles ; aquele amor que te ajudou a levantar quando caiu e que te fez sorrir quando tinha todos os motivos pra chorar. 
      É tão fácil se decepcionar com pessoas assim, porque você tem todos os motivos pra acreditar que aquela pessoa nunca faria nada de ruim a você, pobres tolos. Essa tal de decepção entra em sua vida de repente e sem se importar se você chora ou sofre facilmente, se é uma pessoa sensível, mas mesmo assim ela vem e destrói tudo. Junto leva seus sonhos, seus sorrisos, sua alegria e o pior, leva sua esperança.
      E para reunir forças e se levantar? Parece uma missão impossível, pois você se sente tão fraca, se sente impotente - incapaz de resolver os seus próprios problemas! Parece que você se torna totalmente inútil diante de você mesma e todos os outros.
     E a raiva? Ela vem de um modo avassalador, que te faz ter vontade de destruir tudo, de desmanchar cada sorriso no rosto da sociedade, pois aqueles sorriso pertencia a você até algum ser humano sem escrúpulos nenhum arrancar de você. Uma raiva que você despeja em cima do mundo inteiro, mesmo que nem todos eles sejam culpados.
     E o choro? Que vem incontrolável sem se importar se você está na presença de outras pessoas, sem se importar se você gosta ou não de chorar, sem ao menos se importar que isso talvez traga uma dor ainda maior.
     Mas . . . e a luz no fim do túnel? Aquela que te cega e te faz sorrir novamente depois de tanto tempo na escuridão, aquela que te da a mão e te puxa, aquela que te provoca cócegas, aquela que te faz bem. A sensação de saber que você consegue sozinha, que você é capaz de domar a sua própria vida e sua emoções, aquelas sensação de saber que você é dona de sua vida.  
     E depois virá outros amores, amigos, familiares; os novos que você sabe que realmente se importam e estarão lá sempre e até os velhos que te abandonaram, mas você não importa porque essa parte obscura da sua vida ficou lá atras. Você não se importa, porque agora você sabe, você consegue sozinha.


Thaiani Teles (=

Nenhum comentário:

Postar um comentário